Ministério da Cultura reforça dotação de Serralves com mais 2,3 milhões de euros

Investimentos recentes na Casa Manoel de Oliveira e na nova Ala Álvaro Siza justificam o aumento da verba para 6,4 milhões de euros, valor que deverá manter-se nos próximos anos.

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Fotografia áerea da nova Ala Álvaro Siza, em Serralves Nelson Garrido

A transferência do Estado para a Fundação de Serralves totalizará 6,4 milhões de euros em 2024, mais 2,3 milhões do que estava previsto no Orçamento de Estado, um aumento que deverá manter-se no futuro próximo, confirmou ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério da Cultura (MC).

Publicado esta sexta-feira em Diário da República, este reforço foi aprovado em Conselho de Ministros, juntamente com outras autorizações de despesa do Fundo de Fomento Cultural, no passado dia 7, tendo sido anunciado uma semana mais tarde pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, na reunião do conselho de fundadores de Serralves.

Lembrando que “o Estado está obrigado a assegurar as despesas de funcionamento da fundação e de funcionamento e actividades do Museu”, o MC sublinha ainda que “Serralves é uma entidade que tem conseguido mobilizar de forma sistemática a sociedade civil, trazendo privados para a cultura”, e acrescentando que “o Estado não poderia deixar de reconhecer esse esforço, acompanhando-o”.

A aposta na Casa do Cinema Manoel de Oliveira e a recente inauguração da nova Ala Álvaro Siza são exemplos referidos pelo MC para ilustrar o esforço da fundação para alargar a sua oferta de actividades.

Mas se os investimentos recentes da Fundação de Serralves terão contribuído para a decisão de reforçar o financiamento do Estado, o MC deixa claro que “esta não é uma verba apenas para 2024”, mas “um compromisso do Estado” que se quer ver “prosseguido nos anos seguintes”.

De acordo com a resolução aprovada em Conselho de Ministros, a Fundação de Serralves receberá assim 6,4 milhões de euros, a Casa da Música manterá a dotação de dez milhões, e a Fundação Centro Cultural de Belém, agora que retomou a gestão do seu espaço de exposições e inaugurou o novo museu de arte contemporânea MAC/CCB, verá o seu financiamento aumentar para 11,55 milhões.

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