Vouzela e Tondela aceleram nos carris do turismo ferroviário “entre o Vouga e o Dão”

Antigas estações e locomotivas vão ser recuperadas e musealizadas, assim como outro patrimónico, incluindo a Ponte Ferroviária de Vouzela. Os municípios querem viagens “no tempo” entre Vouga e Dão.

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A antiga Estação Ferroviária de Moçâmedes (Vouzela) dr
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"Viajar no Tempo – Ferrovia entre o Vouga e o Dão" é o mote do projecto conjunto de Vouzela e Tondela, agora com candidatura aprovada ao abrigo do programa Transformar Turismo do Turismo de Portugal. Objectivo: criar um "novo produto turístico de valorização do património ferroviário", que viajará também até o Museu Nacional Ferroviário e por toda a região de Viseu Dão Lafões.

A candidatura, "liderada pelo município de Vouzela", segundo nota à imprensa, inclui a "beneficiação e a musealização de três antigas estações ferroviárias: a de Vouzela, a de Moçâmedes (Vouzela) com instalação de um Welcome Center e a de Tonda, no concelho de Tondela".

O projecto está orçado em cerca de 608 mil euros e será "implementado nos próximos dois anos", prevendo-se ainda o "restauro/musealização" de locomotivas em Vouzela e Real das Donas, além de "outros recursos ligados à história da ferrovia": o melhor exemplo, no caso, será a recuperação da Ponte Ferroviária de Vouzela.

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A antiga estação de Tonda, Tondela dr

O mapa desta viagem no tempo – que além dos dois municípios e do Turismo de Portugal, tem como parceiros a autarquia de Oliveira de Frades e a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões – abrange ainda mais quatro antigas estações ferroviárias: Sabugosa (Tondela), Parada de Gonta (Tondela), Oliveira de Frades e de São Vicente de Lafões (Oliveira de Frades).

Em Tondela, no cais da estação da Tonda, por exemplo, será criado "um centro interpretativo da Linha do Dão e das actividades económicas que nela estavam ancoradas”, anunciou a presidente da câmara local, Carla Borges.

A iniciativa passará pela musealização de todos estes locais, prometendo-se "soluções tecnológicas e multimédia", casos de "realidade aumentada, realidade virtual, recursos audiovisuais" e até "postos interactivos de simulação de condução ferroviária".

Assim, poder-se-á "simular a condução de um comboio e, através da realidade aumentada, visualizar as obras de arte que integram a antiga linha do Vouga, que deu lugar à ecopista". A parte histórica incluirá "a recolha de material iconográfico, de testemunhos da história da ferrovia na região".

Esta aposta no turismo ferroviário é considerada um projecto "diferenciador”, diz Rui Ladeira, presidente da Câmara Municipal de Vouzela, que sublinha, em comunicado, que todo este património ferroviário “diz muito às populações do ponto de vista afectivo”. É "uma oferta turística rica em história e em saberes", acrescenta, que "vai permitir viajar no tempo a quem usufrui da ecopista, a quem nos visita e a quem teve estas vivências".

O projecto quer também "potenciar e diversificar a oferta turística em Vouzela e Tondela", estendendo-se à região Viseu Dão Lafões e região centro, com a ligação ao Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento.

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