Zara estende plataforma de roupa em segunda mão a 14 países, Portugal incluído

O serviço chama-se Pre-Owned e já está disponível no Reino Unido, há um ano, e em França, desde Setembro, nas lojas físicas e online — no site e na aplicação móvel da marca.

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Além da Zara, fazem parte do grupo Inditex as marcas Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho e Zara Home Reuters/VINCENT WEST

A partir do próximo dia 12, a Zara vai expandir o seu serviço de venda, reparação e doação de roupas em segunda mão a vários países europeus, informou a empresa espanhola nesta terça-feira, numa altura em que o mercado de venda de roupa usada cresce.

O serviço chama-se Pre-Owned e já está disponível no Reino Unido, há um ano, e em França, desde Setembro, nas lojas físicas e online — no site e na aplicação móvel da marca. Na próxima semana, vai ser lançado em Espanha, Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal.

Com esta iniciativa, os clientes da Zara vão ter acesso a serviços de circularidade como reparação, venda entre clientes de artigos Zara e doação através do site, da aplicação móvel e das lojas.

A Inditex, proprietária da cadeia de lojas, afirmou anteriormente que o seu objectivo é prolongar a vida útil das roupas dos clientes, ajudar a reduzir os resíduos e o consumo de matérias-primas. O objectivo é implementar serviços de circularidade nos seus mercados-chave até 2025, diz a marca em comunicado à imprensa.

Assim, a partir de dia 12, quando o cliente entra no site ou na aplicação pode escolher a opção de reparação de uma peça (ou mais) da Zara. A opção de reparação vai desde a substituição de botões e fechos de correr até aos arranjos de costuras. A reparação faz-se por intermédio de fornecedores locais.

Existe ainda a opção de venda de peças de qualquer colecção da marca. “O espaço de venda está organizado por categorias de produto com informação detalhada de cada artigo, entre a qual se encontra a informação original da Zara sobre a peça de roupa e as imagens actuais proporcionadas pelo vendedor”, explica a marca.

Por fim, o cliente tem ainda a opção de doar o que já não veste, desde que estejam em condições de serem reutilizados; ou então pode reciclá-los, quando já estão em fim de vida. No caso da doação, é possível solicitar a recolha ao domicílio de roupa usada para ser doada a entidades sem fins lucrativos. “Este serviço aceita produtos de qualquer marca”, avança o comunicado.

Além da Pre-Owned, entre os objectivos de sustentabilidade do grupo Inditex — de que também fazem parte as marcas Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho e Zara Home — encontram-se a preocupação com a utilização de materiais têxteis com menor impacto ambiental. Em 2030, cerca de 40% das fibras utilizadas pelas marcas da Inditex serão resultado de processos de reciclagem tradicional, aproximadamente 25% serão fibras de nova geração (criadas em colaboração com start-ups) e outros 25% será procedente da agricultura orgânica ou regenerativa.

“O trabalhador no centro” é o nome da estratégia da empresa para mudar a cadeia de fornecimento, quer na parte social, ao trabalhar com fábricas que dêem melhores condições de trabalho; quer na parte ambiental, com “projectos centrados na água, derrames, gestão de produtos químicos e energia”, promete ainda.

A Inditex propõe-se também apoiar projectos para “proteger, restaurar ou regenerar até cinco milhões de hectares e contribuir para melhorar a biodiversidade”, com a intenção de “reduzir as emissões em mais de um 50% em 2030 a fim de alcançar o objectivo de conseguir uma redução de 90%, como mínimo, das emissões neutras em 2040”.

Outras marcas de fast fashion, como a H&M, também oferecem produtos para revenda.

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