Enxovais Príncipe Real: a loja que faz parte do enxoval

O hábito de fazer os enxovais só se mantém entre as famílias mais tradicionais, mas alguns clientes valorizam os bordados manuais com um design moderno.

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Vítor Castro segura uma fotografia da mãe, tendo ao seu lado a filha Kiki (Cristina Castro, como a avó) Rui Gaudêncio
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Certo dia, ao passar diante da montra do número 12-14, da Rua da Escola Politécnica, em Lisboa, Vítor Castro viu a cruz a dar nota do falecimento do alfaiate que ali tinha o seu negócio e apressou-se a informar a mãe. Desde que aos dez anos Maria Cristina Castro frequentou aulas de lavores, nunca mais deixou de bordar. Mais tarde, nas férias de Verão, em Peniche, aprenderia também a arte da renda de bilros. Quando casou com Agostinho Castro, contabilista numa empresa metalúrgica, em 1938, instalou-se no Príncipe Real. Em casa, havia sempre pano de linho, fios e rendas e muitas mulheres juntavam-se para conseguir dar resposta às encomendas. Vítor gosta de dizer que “nasceu debaixo das saias das bordadoras”. A mãe jogou mão à antiga alfaiataria e abriu a sua loja, chamou-lhe Enxovais Príncipe Real.

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