Irão diz que já concluiu preparativos para receber os caças que comprou à Rússia

O anúncio foi avançado pelo vice-ministro da Defesa iraniano. Moscovo ainda não confirmou. Pelo menos dois caças Yak-130 de treino já terão chegado ao Irão.

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Uma base subterrânea da Força Aérea iraniana WANA NEWS AGENCY/Reuters

O Irão já concluiu os preparativos para receber os caças Sukhoi Su-35 e helicópteros militares que adquiriu à Rússia, avançou esta terça-feira o vice-ministro da Defesa iraniano, Mehdi Farahi, em declarações à agência noticiosa iraniana Tasnim.

Esta aquisição, que marca o estreitamento de relações entre os dois países desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em Fevereiro de 2022, visa modernizar a Força Aérea iraniana, que dispõe de algumas dezenas de caças de fabrico soviético e norte-americano, todos adquiridos antes da Revolução Islâmica de 1979.

“Foram concluídos os planos para que os caças Sukhoi Su-35, os helicópteros de ataque Mil Mi-28 e os aviões de treino Yak-130 se juntem às unidades de combate do Exército iraniano”, avançou Farahi.

Em 2018, Teerão anunciou que começara a produzir o seu caça Kowsar, de fabrico iraniano, para reforçar a sua Força Aérea, uma versão local do F-5 norte-americano, de acordo com especialistas militares.

No princípio de Setembro, a mesma Tasnim divulgara que os primeiros aviões de fabrico russo haviam começado a chegar ao Irão. No entanto, ainda não eram os Sukhoi Su-35, mas os Yak-130. Imagens mostravam pelo menos dois desses aviões de treino numa base em Isfahan já com as insígnias Força Aérea da República Islâmica do Irão.

A notícia da Tasnim não avança nenhuma confirmação russa do acordo.

A informação de que o Irão iria adquirir 24 caças Su-35 à Rússia foi divulgada em Janeiro pelo comandante da Força Aérea iraniana, o brigadeiro-general Hamid Vahedi, e pelo deputado Shahriyar Heidari, membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento.

A entrega dos aparelhos, fabricados para o Egipto, mas nunca adquiridos, deveria ter começado a ser feita em meados do ano, de acordo com think tank Stimson Center.

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