A rua estraga – ou como Portugal ama o PS

É fácil gostarmos de quem exerce o poder, assim como é fácil antipatizarmos com quem está na oposição. Para isso concorrem muitas predisposições – até psicológicas.

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Balzac, como um bom escritor francês, conhecia bem as ruas de muitas cidades, inclusive de Paris. Balzac, como um bom escritor, foi um bom confessor de muitas mulheres. Entre elas, de muitas cortesãs e de muitas prostitutas. Numa noite mal dormida, regressando das suas análises antropológicas, vinha acompanhado de Monsieur C. (a História já muito especulou quem seria Monsieur C.). O referido cavalheiro comentava como a mulher da rua, entrando no protetorado de alguém, rejuvenescia, enquanto a cortesã, despejada na mesma rua, facilmente envelhecia. Balzac, pegando numa flor caída no passeio, concluiu: “É verdade, a rua estraga.”

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