APSI quer sensibilizar os mais novos para os perigos da contrafacção

Associação lembra que 30% dos europeus adquirem produtos falsificados e, no que diz respeito aos adolescentes e jovens adultos, essa percentagem ascende aos 50%

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Porapak Apichodilok/pexels

A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) vai dar início a acções de sensibilização direccionadas aos mais novos para alertar para os perigos da contrafacção no âmbito do projecto Safe or Fake? From school to university.

Em comunicado, a APSI indica que o projecto pretende levar às crianças do 1.º e 2.º ciclos recursos adaptados às suas idades que as estimulem para a realidade da contrafacção o mais cedo possível. A associação está neste projecto em conjunto com o espanhol Instituto Tecnológico de Produto Infantil e Ócio (AIJU).

Na nota, a APSI, lembra que 30% dos europeus adquirem produtos falsificados e, no que diz respeito aos adolescentes e jovens adultos, essa percentagem ascende aos 50%.

Referindo dados do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO, na sigla inglesa), a APSI avança que 97% dos produtos contrafeitos perigosos apresentam risco elevado para a saúde (acidentes fatais ou danos irreversíveis), com a agravante que em quase um quarto desses produtos há mais do que um único risco.

Desses, 80% são artigos para crianças e, por isso, a APSI considera que há vantagens em começar mais cedo a sensibilizar e alertar os mais novos para os perigos da contrafacção.

A associação destaca que, com a Black Friday, a crise económica e o aproximar da época natalícia, a maioria das famílias vai procurar os produtos mais baratos, muitas vezes negligenciando a questão da qualidade e da segurança, sejam eles adquiridos em lojas físicas ou online.

Por isso, a APSI destaca algumas questões que os consumidores podem procurar responder para ajudar a prevenir problemas: Quem é o vendedor, se a loja é da marca ou vendedor autorizado, se é loja onlin de uma cadeia de lojas conhecida em Portugal ou se o site é de uma marca conhecida ou de um representante oficial. A associação alerta igualmente para a necessidade de saber onde está localizado o vendedor (em Portugal ou no estrangeiro).

"Com a resposta a estas simples perguntas já se despistam muitos problemas e impedem-se acidentes, nomeadamente, com os mais pequenos a quem queremos levar informação fidedigna que prepare as gerações mais novas para tomadas de decisão conscientes e respeitadoras da sua saúde, mas também do ambiente, do comércio justo contribuindo para uma sociedade melhor", conclui a organização.

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