A ideia perigosa de António Costa

Colocar Portugal no mapa do investimento tem muito mais a ver com um país no qual os actores políticos tenham a preocupação de reformar, em vez de ocuparem o seu tempo com táctica política.

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Na primeira comunicação oficial após o pedido de demissão, o primeiro-ministro (PM) António Costa procurou “contrariar a ideia 'perigosa' de que os governos não devem agir para atrair investimento para o país”. Sobre isto, já nas perguntas e respostas que se seguiram ao discurso, o PM demissionário concluiu: “Não posso deixar a pairar junto da opinião pública a ideia de que os governos não têm o dever de atrair investimentos, de que não é um dever dos governos combater a burocracia e agilizar os licenciamentos, a ideia de que quase sempre qualquer investimento exige a compatibilização com outros interesses públicos.” Pouco depois, no sítio oficial do Governo, sumariava-se o essencial da intervenção desta forma: “1. Hoje e sempre o investimento empresarial é desejado, é bem-vindo e será bem acolhido; 2. A simplificação promove a transparência, a burocracia promove a opacidade; 3. A qualquer governo compete assegurar a melhor harmonização dos diferentes interesses públicos em presença.”

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