Real Madrid deu esperanças antes de suplantar o Sp. Braga

Álvaro Djaló desperdiçou, aos 5 minutos, um penálti que poderia ter sido uma dádiva para a noite dos bracarenses na Champions.

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Rodrygo marcou o terceiro golo do Real Madrid Reuters/JUAN MEDINA
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O Sp. Braga alimentou, durante breves instantes, a esperança de marcar no Santiago Bernabéu e de obrigar o Real Madrid a sofrer para garantir o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Mas o penálti falhado por Djaló e a resposta dos "merengues" acabou por ditar um triunfo inequívoco, por 3-0, da equipa espanhola no quarto jogo do Grupo C da Champions.

Chamado à última hora para ocupar o lugar de Kepa Arrizabalaga, o guarda-redes ucraniano Andriy Lunin negou, em noite de estreia na Champions, o que poderia ter sido uma entrada de sonho do Sp. Braga no Santiago Bernabéu. Num erro de Lucas Vásquez, a cometer penálti sobre Borja, o Sp. Braga recebeu uma dádiva divina que não soube capitalizar. Ainda assim, levantou-se e deixou claro perante o Real Madrid que não seria uma equipa encolhida nem envergonhada. Antes um conjunto corajoso, personalizado e disposto a criar o máximo de constrangimentos, como o que ameaçou embaciar a esperada entrada triunfante dos senhores da Liga dos Campeões.

Só que falhar um penálti praticamente a abrir o jogo tem um preço elevado, mesmo que a seguir o Sp. Braga provasse ao Bernabéu que podia repetir a graça. Na verdade, de mais um erro de Lucas Vásquez resultou investida venenosa de Bruma, derrubado pelo defesa espanhol no mesmo sítio onde Borja fora travado em falta. Desta vez, o árbitro condescendeu, até porque cinco minutos antes invalidara um golo a Brahim Díaz, por falta de Vinícius sobre Niakaté... O central francês precipitou a situação com uma transição desastrosa, mas ainda foi a tempo de corrigir, acabando tocado/derrubado pelo brasileiro, quando o espanhol atirava para a baliza.

Depois do deslize do Nápoles, na recepção ao Union Berlin (1-1), os “guerreiros” do Minho tinham razões para tentarem a sorte em Madrid, aumentando a tentação de relativizar as estatísticas do histórico dos confrontos dos madridistas com equipas portuguesas.

Com Álvaro Djaló mais adiantado, Artur Jorge confiara o meio-campo a Moutinho e Vítor Carvalho, jogando com o virtuosismo de Ricardo Horta para os desequilíbrios e com Zalazar para os equilíbrios - Bruma ficava de prevenção no corredor esquerdo. Os bracarenses estavam dispostos a complicar a qualificação do Real Madrid. Mas, para baralhar as contas do acesso aos oitavos-de-final, tornava-se imperioso agir com absoluto rigor.

Nesse plano, a entrada da formação de Artur Jorge parecia preparada para todas as contingências, menos para o despertar do monstro.

Real apuramento

Carlo Ancelotti tomou nota das reivindicações bracarenses e activou o modo europeu de um Real Madrid que esteve distante do seu melhor no compromisso doméstico com o Rayo Vallecano.

Daí ao primeiro golo foi tudo uma questão de Rodrygo acelerar e oferecer, de bandeja, a cabeça do adversário a Brahim Díaz (27'). O Real Madrid estava na frente e em condições de elevar a fasquia, deixando o Sp. Braga com uma sensação de impotência que se traduziria na marcha do resultado.

Vinícius Júnior ainda esperou pela segunda parte, mas mostrou que estava disposto a acabar com a resistência lusa, marcando (58') num momento de inspiração e samba, com a defesa do Sp. Braga a dançar.

O Real Madrid, mesmo sem Jude Bellingham, partiu para uma exibição firme e autoritária, com Rodrygo a elevar os números (61') e a ameaçar o adversário com uma goleada que tinha mais meia hora para ser consolidada.

Já com as esperanças aniquiladas, o Sp. Braga aguentou até final, evitando um resultado demasiado desnivelado.

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