Viagem na Cisjordânia (I)

“É uma repressão ao mesmo tempo muito evidente e camuflada. Mas o muro sobressai como coisa monstra. Que vergonha, um muro pontuado por torres de vigilância como as de Auschwitz — what the fuck?”

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Durante a preparação da entrevista que fiz a Suad Amiry, que já aqui referi, viajei com a minha equipa pela Cisjordânia, guiados pela jornalista Enas M., palestiniana com passaporte judeu. Pedi-lhe que me fizesse ver, da forma mais detalhada possível, como é que se processava a ocupação de Israel no terreno e que impacto concreto tinha no quotidiano dos palestinianos. Do meu ponto de vista, enquanto realizadora, faltavam ao conflito israelo-palestiniano narrativas assentes na realidade vivida, sem explicações geopolíticas, sem histórias justificativas dos filhos de Abraão. Enas entende a minha ambição e leva-a a sério. Durante a viagem, fui tirando algumas notas, não tantas como as que desejaria hoje ler, mas as suficientes.

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