Luis Baylón (1958-2023), um fotógrafo não tão perdido assim

Andou em escolas de Fotografia, mas desistiu depressa: preferiu aprender na rua, à deriva. Apanhou a Madrid callejera como poucos, sem nunca abandonar a sua fiel companheira, a Rolleiflex.

Foto
Autorretrato. Calle Alameda, Madrid, Março de 2004 Luis Baylón
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Há uma certa aura romântica no fotógrafo em modo “perdido no mundo”. É uma narrativa que vende e que também cola bem na do fotógrafo-génio-blasé, alguém que só com a magnitude da sua presença faz com que tudo aconteça, seja uma fotografia ou várias — todas “geniais”, claro. À primeira vista, Luis Baylón parece encaixar (ou foi sendo encaixado) em estereótipos deste tipo (e outros, como o do “artista maldito”), mas, à medida que as suas imagens vão passando à frente dos nossos olhos, percebemos que só um grande conhecimento do humano, da vida e do labor fotográfico permitiram colocá-lo ao lado dos maiores fotógrafos de rua da segunda metade do século XX; e aquele que terá conseguido captar de forma mais palpável a identidade de uma cidade, Madrid.

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