O problema do activismo incontinente

Infelizmente, o activismo do século XXI é cego ao óbvio, é insensível à lógica e nunca foi apresentado à sensatez.

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A propósito do conflito israelo-palestiniano, nós temos assistido a tomadas de posição extraordinárias. Vi manifestações nos Estados Unidos com gente da comunidade LGBT a ostentar cartazes que diziam “Queers for Palestine” – apesar de qualquer queer na Palestina ser violentamente perseguido, por vezes até à morte. Vi o movimento Black Lives Matter publicar a imagem de um pára-quedista, igual aos que atravessaram o muro de Gaza para matar judeus, com a frase “We stand for Palestine” – apesar de não se perceber como pode isso favorecer a luta contra o racismo nos EUA. E também vi Greta Thunberg partilhar nas redes sociais uma foto com o cartaz “Stand with Gaza” ao lado de amiguinhos que exigiam justiça climática – apesar de ser impossível estabelecer qualquer relação inteligível entre o combate ao aquecimento global e o conflito entre Israel e o Hamas.

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