Estruturas apelam a participação no protesto “Cultura em Ruptura” em Lisboa

O protesto está convocado para 9 de Novembro, em frente à Assembleia da República, pelas 18h, hora prevista para o início da audição do ministro do Cultura na discussão do Orçamento.

Foto
O protesto foi convocado após ser conhecida a proposta de Orçamento de Estado 2024 LUSA/MIGUEL A. LOPES

As estruturas que convocaram o protesto "Cultura em Ruptura" apelaram esta quinta-feira à participação dos trabalhadores do sector naquela acção de luta, a 9 de Novembro, em Lisboa, dia em que o Orçamento para a Cultura é discutido no parlamento.

Para o dirigente do Cena-STE - Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos Rui Galveias, é preciso que o sector se junte no dia 9 em frente à Assembleia da República pelas 18h, hora prevista para o início da audição do ministro do Cultura no interior do edifício.

"É fundamental olhar para o sector, continua a ser urgente, uma questão de urgência e sobrevivência do sector, que haja alguma reflexão. Que quem está no poder olhe para este sector de outra forma, perceba este apelo e a necessidade de mais uma vez nos manifestarmos por uma coisa que já tem um tempo [a reivindicação de pelo menos 1% do Orçamento do Estado para a Cultura]", afirmou numa conferência de imprensa que decorreu online.

Numa altura em que está em discussão a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024, "é natural que estruturas e trabalhadores se unam mais uma vez e exijam respeito pela Cultura, que não tem havido", referiu o músico Tiago Santos, pelo Manifesto em Defesa da Cultura.

O protesto é convocado pelo Manifesto em Defesa da Cultura, juntamente com a Acção Cooperativista, o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ), a Apordoc - Associação pelo Documentário e o Cena-STE, todos subscritores de um texto sobre "o estado da Arte da Cultura em Portugal", intitulado "Chegámos ao limite!", partilhado em 20 de Outubro nas redes sociais.

O "movimento" que junta estas estruturas, e é extensível a outras do sector, "visa denunciar os problemas todos que têm surgido [no sector da Cultura], que têm sido bastante invisibilizados e que continuam a aprofundar-se, levando a situação de ruptura em vários sectores dentro da Cultura", salientou o presidente do STARQ, Regis Barbosa.

Na proposta de Orçamento para 2024, estas estruturas criticaram "as mesmas opções de sempre, algumas manobras de propaganda, e insuficiência do orçamento, longe do que é reivindicado pelos trabalhadores, 1% [do Orçamento do Estado] e da recomendação da UNESCO", referiu Tiago Santos.

Os representantes das estruturas que convocaram o protesto lembram que a reivindicação de pelo menos 1% do OE para o sector "já tem algum tempo", mas continua por concretizar. Além disso, "há despesa discricionária que não chega a ser executada", ano após ano, referiu Susana Domingos Gaspar, da Acção Cooperativista.

A ideia destas estruturas é levar o protesto a outras cidades.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários