Gilberto Gil e o bem-sucedido entardecer de uma geração

Se olharmos para a geração de músicos brasileiros nascidos nos anos 1940, vemos que na sua esmagadora maioria permanecem activos.

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Esta noite, Gilberto Gil subirá ao palco do Coliseu do Porto para o terceiro e último concerto em Portugal, dos muitos que que tem vindo a fazer pela Europa. Chamou-lhe Aquele abraço e, à semelhança do que sucedera em Setembro com os concertos de Caetano Veloso, houve logo quem se interrogasse se este “abraço” não seria sinal de despedida. Bom, é certo que Gil já não é o jovem desafiador de Procissão ou Domingo no parque, antes um sereno (e atento) pai, avô e bisavô, ainda que imerso na criação musical e em tudo o que a envolve. Mas não há nele, como em Caetano, seu conterrâneo, sinal de desistência ou abrandamento na música ou sequer nos palcos. Vemo-los mais virados para a família, valorizando-a, envolvendo filhos ou netos nas suas actividades criativas (o que também fazem músicos como Milton Nascimento, Djavan ou João Bosco), mas isso decorre do rumo que escolheram dar ao seu dia-a-dia.

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