Sindicalistas em protesto junto a Mercadona em Aveiro pelo “cumprimento de direitos”

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal exige alternativas ao pagamento do subsídio de férias e de Natal em duodécimos, assim como respeito pelas folgas semanais.

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A primeira loja Mercadona em Portugal foi inaugurada em 2019 NELSON GARRIDO

Uma dezena de representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) esteve esta segunda-feira junto a uma das lojas Mercadona, em Aveiro, para exigir "o cumprimento de direitos" dos trabalhadores. De acordo com Cláudia Pereira, dirigente daquele sindicato, um dos motivos da insatisfação está relacionado com "o pagamento de subsídio de Natal e férias em duodécimos", e a falta de alternativas.

"Esta empresa, quando veio para Portugal, disse que ia pagar 900 ou mais euros de salário aos trabalhadores, mas esqueceu-se de referir que nesses 900 euros estão incluídos os duodécimos do subsídio de Natal e subsídio de férias", comentou a dirigente sindical à Lusa.

Segundo Cláudia Pereira, o pagamento por duodécimos é uma imposição contratual feita aos trabalhadores, uma vez que não é apresentada qualquer alternativa para receberem essas retribuições.

Esta segunda-feira, o CESP aproveitou a ocasião para denunciar a falta de observância de duas folgas semanais: "há casos de dez dias seguidos a trabalhar", referiu a sindicalista, acrescentando que a ausência de trabalhadores das duas lojas Mercadona de Aveiro na acção de protesto se deve a um alegado "clima de intimidação".

A acção sindical em Aveiro insere-se na "Jornada de Luta dos Trabalhadores da Grande Distribuição", iniciada a 16 de Outubro, com a entrega do pré-aviso de greve à Associação Patronal das Empresas de Distribuição.

"O CESP está a desenvolver um conjunto de acções por todo o país, exigindo a negociação do Contrato Colectivo de Trabalho que leve a melhorias na vida dos trabalhadores", refere um comunicado sindical.

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