A aversão à crítica e a cultura do cancelamento no vinho

É um bocadinho triste este fado lusitano, mas é-o, acima de tudo, para os canceladores. Calar um crítico, seja de que natureza for, diminui mais o cancelador do que o cancelado.

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"Quem escrever profissionalmente e for mais duro com determinado vinho, pessoa ou empresa de nome e poder, já sabe o que o espera mais dia menos dia: cancelamento" Rui Gaudêncio
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Há dias, numa passagem fugaz por essa fábrica de ódio e vaidade chamada Facebook, dei com um post de um membro de um grupo de amantes do vinho, Cegos por Provas, a criticar um vinho do projecto Taboadella que a empresária Luísa Amorim possui no Dão. Dizia assim: “Daqueles vinhos que não quero. Primeiro os números, depois a qualidade. Não e não!! ‘Isto’ respira zero Dão. Aliás, é uma falta de respeito para com a região e para com a casta”.

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