Ana Frango Elétrico: o desejo, a intimidade, a poesia e um mundo musical rico

Um dos nomes mais estimulantes da nova música brasileira continua a sua carreira com mais um álbum notável, um exercício poético e dançante sobre amor não-binário.

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Ana Faria Fainguelert nasceu em 1997, no Rio. Na escola, os colegas não sabiam como pronunciar o apelido, de origem russa. Chamavam-lhe “Frango Elétrico” Hick Duarte
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Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua não deixa nenhum caminho por explorar. Há, a partir tudo logo desde o arranque, a fabulosa Electric fish, canção que mergulha no final dos anos 1970, tempo daquele delicioso baixo corpulento e daqueles ritmos contagiantes entre o funk e a música disco, antes de vir à superfície e ao presente para nos brindar com um sério candidato a refrão de 2023. Há cordas com um toquezinho leve de chanson na misteriosa e sedutora Nuvem vermelha. Há guitarras preguiçosas e soalheiras, típicas de um certo indie rock, em Coisa maluca. Há jazz oscilante e dolente em Camelo azul.

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