A propaganda de guerra também é mortífera

Não confundir jornalismo com o trabalho de quem está condicionado e perdeu a coragem que é exigida a um jornalista ou a quem dirige um órgão de comunicação social.

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É fascinante a escalada da propaganda de guerra. A tragédia no Hospital Árabe Al-Ahli foi uma oportunidade de verificar isso mesmo. Israel acusa a Jihad Islâmica. Mas também existe a versão que aponta para um rocket disparado pelo Hamas. O número de vítimas mortais também varia muito: de 500 passou, em algumas notícias, para algumas dezenas. As provas abundam: vídeos que mais tarde foram apagados, porque tinham uma referência horária não correspondente à da explosão mostravam que tinha sido um rocket disparado a partir da Palestina. Mas também apareceu a gravação de uma conversa entre dois terroristas interceptada pelos competentes serviços de Israel. Os dois homens lamentavam-se do azar que aquilo tudo tinha sido. Alguém, a partir do cemitério, disparou mal um rocket. Era fogo amigo. Israel, que não conseguiu interceptar conversa alguma que fizesse prever os terríveis ataques de dia 7, agora mostra-se mais eficiente.

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