Pintora Teresa Magalhães morre aos 79 anos

Artista apresentou a quase totalidade das suas pinturas figurativas na exposição Pós-Pop. Fora do lugar comum, na Gulbenkian, em 2018.

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Teresa Magalhães na inauguração da exposição Teresa Magalhães. Gestos da Cor, Sinais da Terra, em 1980 Júlio Almeida /CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian
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Sem título: em 1991, integrou a exposição comemorativa do Dia Internacional da Mulher, em Macau CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian
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Teresa Magalhães com Manuel Baptista e José de Guimarães na inauguração da exposição Pós-Pop. Fora do lugar comum, na Gulbenkian em 2018 Tiago Figueiredo/CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian
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Da série Gestos da Cor – Sinais da Terra, 1979 CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian
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Sem título, 1971 ,Sem título, 1971 CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian,CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian
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Sem título: Em 1991, esta serigrafia integrou a exposição comemorativa do Dia Internacional da Mulher, em Macau CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian

A pintora Teresa Magalhães, de 79 anos, morreu na quinta-feira à tarde no Hospital de São José, em Lisboa, vítima de pneumonia, confirmou esta sexta-feira à agência Lusa fonte da família.

A artista, nascida em Lisboa a 11 de Março de 1944, que deixa uma vasta obra marcada pela pintura inicialmente figurativa e depois abstraccionista, foi agraciada pela Presidência da República com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique em 2004.

Licenciada em pintura pela Escola Superior de Belas-Artes, em 1970, expôs pela primeira vez em Coimbra, em 1966, e foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, de 1976 a 1979.

Teresa Magalhães fez parte, em 1976, do grupo 5 + 1, integrado também pelo escultor Virgílio Domingues e pelos pintores João Hogan, Júlio Pereira, Guilherme Parente e Sérgio Pombo.

Em 1990 foi comissária da Exposição Pintoras Portuguesas do Século XX, no Leal Senado de Macau, e, em 1996, foi convidada a realizar dois painéis de azulejos na estação de Martin Place do City Rail de Sydney, na Austrália.

Entre as várias distinções ao longo do percurso artístico, recebeu o Prémio Malhoa (1977), o Prémio Edição na III Exposição Nacional de Gravura (1981) e o Prémio Aquisição da I Bienal de Arte AIP (1984).

Realizou exposições individuais em Portugal, nomeadamente em Lisboa, Porto, Coimbra, e, no estrangeiro, em Nova Iorque, Tóquio, Viena, Barcelona e Sydney, entre outras.

Em Portugal, a sua obra integrou mostras colectivas como a Homenagem a Bosch (1974), no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, do Grupo 5+1 (1976), na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), Artistas Portuguesas (1977), na SNBA e no Museu de Évora, ARUS (1983), no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, 100 Anos 100 Artistas (2001), na SNBA, entre outras.

"Um numeroso grupo de exposições colectivas e individuais, em Portugal e no estrangeiro, contaram sempre as histórias que vivi e inventei, e foram o testemunho mais profundo das minhas emoções", escreveu Teresa Magalhães em 2020, num texto autobiográfico, em que recorda a infância, os estudos académicos, e percorre toda a sua vida artística.

Em 2018, na exposição Pós-Pop. Fora do lugar comum - Desvios da Pop em Portugal e Inglaterra, na Gulbenkian, apresentou a quase totalidade das suas pinturas figurativas, realizadas antes de ter feito a primeira exposição individual na Galeria São Francisco, em 1974.

No ano passado, Teresa Magalhães foi uma das artistas integrantes do grupo original que participaram na reinterpretação do Painel do Mercado do Povo - mural pintado em 10 de Junho de 1974 na Galeria de Arte Moderna, em Belém - e que foi recriado nos Jardins do Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) em Lisboa, por 48 artistas.

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