Enfermeiros fazem greve às horas extraordinárias entre 30 de Outubro e 25 de Novembro

Enfermeiros pretendem que Governo corrija “estagnação salarial” destes profissionais. Trata-se, segundo o SNE, de “uma injustiça agravada com o impacto no valor pago pelo trabalho suplementar”.

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Greve dos enfermeiros deve-se à "estagnação salarial" nos últimos nove anos Mário cruz/lusa

O Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) convocou uma greve às horas extraordinárias em Portugal continental, entre 30 de Outubro e 25 de Novembro. Os enfermeiros pretendem que o Governo corrija o que dizem ser a “estagnação salarial” destes profissionais.

Em comunicado, a organização sindical indica que “a presente luta dos trabalhadores enfermeiros visa fazer com que o Governo da República, tal como fizeram os Governos da Região Autónoma dos Açores e da Madeira, corrija as inversões remuneratórias decorrentes da legislação aprovada em 2022 sobre a contabilização dos anos de exercício profissional”.

Trata-se, segundo o sindicato, de “uma injustiça agravada com o impacto no valor pago pelo trabalho suplementar”.

As reivindicações do SNE incidem no “início do processo de revisão da carreira e tabela salarial com representantes do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde, corrigindo a estagnação salarial dos enfermeiros nos últimos nove anos, através da assinatura de um protocolo negocial para um Acordo Colectivo de Trabalho Global”.

O sindicato queixa-se de os enfermeiros nunca terem tido direito a um Acordo Colectivo de Trabalho Global, “ao contrário das restantes carreiras especiais da saúde da Administração Pública que detêm o mesmo grau de complexidade funcional máximo (grau 3)”.

“Sem a prestação de trabalho suplementar, também denominado trabalho extraordinário, por parte dos enfermeiros, que na maior parte das situações nem é pago aos mesmos, o Serviço Nacional de Saúde não seria tão resiliente, nem manteria o nível de segurança e qualidade de nível elevado que o caracteriza desde a sua criação há 44 anos, tal como ficou demonstrado durante a pandemia de covid-19”, lê-se no comunicado.

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