Mirandês: uma língua não morre enquanto andar no sentir e no falar

O despovoamento ameaça o mirandês, mas o orgulho e a perseverança em disseminar um modo de falar vai garantindo a sua sobrevivência. O mirandês é a segunda língua oficial de Portugal há 25 anos.

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Teresa Pacheco Miranda
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O domingo amanheceu com um sol tímido, a permitir uma bonança que a trovoada da madrugada quase espantou. E, seja sábado ou domingo, Inverno ou Verão, os dias de Domingos Manuel Alves, começam quase sempre da mesma maneira. Cedo, com o sol, porta fora, a caminhar pelo planalto. “Toda a vida fui pastor”, diz ele, com 84 anos, bata vestida por cima da roupa, a esconder um eventual fato domingueiro. Talvez não o use, até porque nem sabe se neste domingo há ou não missa na aldeia de Malhadas. “O padre vai a muitas aldeias, não vem cá todos os domingos. Só há missa quando ouvimos o sino a tocar.”

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