São Gabriel, a capital da resistência dos povos da Amazónia

São Gabriel da Cachoeira, a cidade mais indígena do Brasil, acolhe pessoas de 23 povos e reconhece quatro línguas oficiais. É um lugar onde o passado e o futuro da Amazónia se cruzam e experimentam.

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Curicuriari, perto de São Gabriel, olimpíadas indígenas com 19 etnias a jogarem futebol e vólei JORDI BURCH/KAMERAPHOTO
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Quinta-feira, 31 de Agosto, foi mais um dia tórrido na vaga de calor que este ano assolou o Amazonas e, como seria de esperar, o ar no interior do pavilhão desportivo de São Gabriel da Cachoeira estava irrespirável quando, por volta das 21h, a tribo tukano começou o seu desfile na 25.ª edição do Festribal. Nas bancadas, milhares de pessoas da comunidade agitavam bandeiras pretas e amarelas, aplaudiam, saltavam de excitação, gritavam a cada passo um “ei” em uníssono que abalava a cobertura do edifício. No rinque, muitas dezenas de jovens tukano com desenhos de urucu pintados pelo corpo, tangas à cintura e penas de aves coloridas na cabeça ensaiavam os passos das danças tradicionais do seu povo e juntavam-se aos seus apoiantes em persistentes “ei” que ora suscitavam cumplicidade, ora incentivo.

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