Três médicos mortos a tiro no Rio de Janeiro

Uma das vítimas era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim. Polícia admite que se tratou de uma “execução”.

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Vista da praia da Barra da Tijuca, onde aconteceu o crime REUTERS/Sergio Moraes

Três médicos foram assassinados a tiro esta quinta-feira num quiosque de praia na Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Um quarto médico ficou ferido e foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro.

Dois dos mortos são de São Paulo e o terceiro é da Bahia. As vítimas são Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos. Os médicos estavam no Rio de Janeiro para participar num congresso internacional de ortopedia.

Bomfim era ortopedista e irmão da deputada federal Sâmia Bomfim. A informação foi confirmada pelo gabinete da parlamentar.

O crime aconteceu por volta da 1h (5h em Portugal continental), em frente ao Windsor Hotel, área nobre do bairro.

Imagens de câmaras de segurança mostram que os quatro médicos estavam sentados numa mesa do quiosque quando três homens, vestidos com roupas pretas, saíram de um carro branco parado do outro lado da via e começaram a disparar sobre o grupo.

Após balearem os quatro ocupantes da mesa, os criminosos regressaram ao veículo e partiram sem roubar nada.

A Delegacia de Homicídios da Capital está a investigar o crime. Ainda durante a madrugada, foram realizadas perícias no local do crime e no quarto das vítimas no hotel em que estavam hospedadas. Os telemóveis dos médicos foram apreendidos.

Investigadores ouvidos pela Folha afirmam que a polícia estava a trabalhar com a hipótese de se tratar de uma “execução”, já que os criminosos regressaram ao local e efectuaram mais disparos.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou também como uma “execução” o assassinato dos médicos e determinou que a Polícia Federal acompanhasse as investigações, já que um deles estava ligado a dois deputados federais.

“Em face da hipótese de relação com a actuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. A minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e familiares”, escreveu o ministro.

A polícia chegou a realizar buscas para localizar os presumíveis autores do crime, mas nada foi encontrado. O policiamento foi reforçado na região.

Exclusivo PÚBLICO/Folha de S. Paulo

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