Batalha para uma outsider: Lorenza Mazzetti

Entre esta quinta-feira e dia 8, no Batalha, no Porto, está em foco um dos links perdidos do Free Cinema britânico, uma mulher entre homens, a italiana Lorenza Mazzetti.

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Lorenza Mazzetti propôs que a expressão Free Cinema fosse levada num sentido mais amplo para se referir à condição mental do outsider

Lorenza Mazzeti é um dos intrigantes “e se...?” que ficou na história do cinema depois de ter guinado para os livros, para a pintura e para o teatro de marionetas. Viria a morrer pobre e esquecida em Roma em 2020 esta italiana que fez parte do programa do National Film Theater de Londres de 5 de Fevereiro de 1956 em que foi apresentado o manifesto do Free Cinema britânico. Aquele que, corporizado em quatro realizadores e nos seus filmes, propôs um cinema liberto da propaganda e das bilheteiras, porque no film can be too personal. E que sentenciou numa folha de papel: “Uma atitude significa um estilo e um estilo significa uma atitude.” Ao coincidir com a dramaturgia dos angry young men, o Free Cinema faria nascer uma Nova Vaga inglesa que inscreveria o cinema britânico no kitchen sink realism que opôs ao escapismo o quotidiano proletário.

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