Rebeldes do PKK reivindicam ataque a Ministério do Interior da Turquia. Dois terroristas morreram

Um dos atacantes fez-se explodir enquanto o outro foi morto pelas forças de segurança; dois polícias ficaram feridos no atentado falhado. Rebeldes do PPK reivindicam a responsabilidade.

Cordão policial junto ao Ministério do Interior, em Ancara
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Cordão policial junto ao Ministério do Interior, em Ancara EPA/NECATI SAVAS
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Cordão policial junto ao Ministério do Interior, em Ancara EPA/NECATI SAVAS

O Governo turco confirmou a morte dos dois terroristas que atacaram este domingo o Ministério do Interior turco, em Ancara, um dos quais fez-se explodir e outro foi morto pelas forças de segurança turcas. O ataque foi reivindicado pelo grupo de rebeldes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).

“Um dos dois terroristas, que carregavam bombas, fez-se explodir à porta do Ministério e o outro foi morto com um tiro na cabeça antes de ter oportunidade de fazer o mesmo”, declarou o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, aos jornalistas.

O ministro turco acrescentou que dois polícias ficaram feridos e estão a receber cuidados médicos, mas não correm risco de morte.

Yerlikaya não atribuiu o ataque a qualquer grupo específico, apenas prometeu que o Governo continuará a lutar de forma decisiva contra “todos os tipos de terrorismo e crime organizado”. Horas mais tarde, no entanto, o grupo rebelde curso PKK reivindicou o ataque.

PKK reivindica ataque

O site de notícias ANF News avança que o ataque foi perpetrado por um grupo denominado Batalhão dos Imortais, citando uma declaração do PKK.

O comunicado descreve o atentado como um "ataque suicida" planeado para coincidir com a abertura do Parlamento e levado a cabo por "uma equipa nossa ligada ao Batalhão dos Imortais".

O PKK é considerado uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia. O grupo de rebeldes lançou uma insurreição no sudeste da Turquia em 1984; mais de 40 mil pessoas foram mortas no conflito.

O atentado deste domingo é o primeiro em Ancara desde 2016, quando uma série de ataques mortais atingiu o país.

Um vídeo tirado depois do ataque mostra um veículo Renault estacionado no local, com as janelas estilhaçadas e as portas abertas, no meio de destroços e rodeado por soldados, ambulâncias, camiões de bombeiros e veículos blindados.

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Soldados no local do atentado perto do Ministério do Interior em Ancara, na Turquia Necati Savas/reuters

Turquia tenta travar divulgação de imagens

O ministro turco alertou que as imagens do ataque não devem ser divulgadas nas redes sociais e que será aberta uma investigação judicial contra quem realizar publicações do atentado.

Vários jornalistas turcos divulgaram na rede social X (antigo Twitter) vídeos do incidente supostamente gravados por câmaras de segurança. Nas imagens, é possível observar a carrinha a parar diante do Ministério do Interior turco. Dois homens saem do veículo, um dos atacantes coloca-se em posição de disparar diante do carro quando se ouve uma grande explosão.

Segundo o jornal turco Sabah, o carro já foi identificado e pertence a um veterinário da província de Kayseri, cerca de 300 quilómetros a sudeste de Ancara.

“Os terroristas nunca alcançarão os seus objectivos”, disse o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ao parlamento, poucas horas depois do ataque.

“Os vilões que ameaçam a paz e a segurança dos cidadãos não alcançaram os seus objectivos e nunca os alcançarão”, acrescentou ainda Erdogan.

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