Mas o Mamadou…

O julgamento de que está a ser alvo Mamadou Ba, resultante da queixa do neonazi Mário Machado e que conta com o acompanhamento do Ministério Público, é uma derrota enorme para a democracia.

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Conheci pessoalmente o ativista e intelectual antirracista Mamadou Ba há alguns anos, já seguia com interesse o que escrevia e um dia tive a sorte de estar em Lisboa quando este intervinha num debate público. Fiquei impressionada não somente com a qualidade do conteúdo do seu discurso, mas também com a cordialidade com que me respondeu quando emiti uma reserva em relação a um detalhe sobre o teor do debate. Esta cordialidade voltou a acontecer noutros momentos em que pude discordar ou ter uma visão um pouco diferente de Mamadou Ba. Aprendi sempre com ele nessas e em outras conversas, que fomos tendo ao longo dos anos, tanto no conteúdo como na forma. Se tivesse de eleger uma de entre várias qualidades de Mamadou Ba, enquanto ativista e intelectual antirracista, seria o de, ao contrário de outras personalidades do seu calibre, mostrar que sabe, que continua a aprender e que o caminho é coletivo.

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