Amor, paz e festa (apesar do golpe militar): os blues dos Etrain de l’Aïr trazem o Níger a Portugal

Embaixadora da cultura tuaregue pelo mundo, a banda actua por estes dias em Lisboa e nas Caldas da Rainha. Música de celebração, enquanto o país vive dias de tumulto.

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Os Etran de l'Aïr fazem parte do mesmo movimento musical dos seus conterrâneos Bombino e Mdou Moctar Larry Hirshowitz
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Na época que os Etran de l’Aïr se formaram, há quase três décadas, a electricidade em Agadez, a maior cidade do Níger, plantada à beira do deserto, era um assunto complicado. Difícil de obter e de manter. Os instrumentos eléctricos eram pois, na boa linguagem do Sara, uma miragem. Nesse tempo já distante, os Etran de l’Aïr eram uma das muitas bandas locais a animar casamentos e festas populares, com recurso a guitarras acústicas e calabaças para a percussão. Os actuais membros do grupo (liderado por Aghaly Migi), que actua esta quinta-feira na Galeria ZdB, em Lisboa, e um dia depois no Festival Impulso, nas Caldas da Rainha, ainda não tinham então idade para subir a um palco. “Os nossos irmãos mais velhos eram músicos e fundaram os Etran de l’Aïr, quando ainda éramos crianças”, contam ao PÚBLICO. “Depois, pouco a pouco, começámos a integrar o grupo e a tocar em casamentos com eles. Foi assim que a aventura começou.”

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