Novo Peugeot 3008 ganha silhueta fastback e eficiência

Com uma plataforma a estrear e destinado a conquistar as famílias para uma realidade sem emissões, o SUV francês chega em 2024, apenas com mecânicas electrificadas e 100% eléctricas.

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Peugeot e-3008 DR
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O Peugeot 3008 já soma 14 anos no mercado, mas foi a última geração, de 2016, que lhe conquistou um lugar de destaque, numa altura em que o Nissan Qashqai permanecia rei de um segmento que florescia. Na época, ainda antes de ser lançado, a marca francesa estabeleceu como objectivo do modelo tornar-se número 2 entre a concorrência. Mas viria a superar as expectativas, navegando a onda de vantagem sobre o modelo nipónico que demorou a modernizar-se — mesmo apresentando-se mais caro: conseguiu ocupar o número 1 por diversas vezes, vários comparativos da especialidade puseram-no na dianteira e conquistou um rol de prémios, incluindo o ambicionado Carro Internacional do Ano (em Portugal, também conquistou o prémio maior).

E, talvez por ter percebido que o timing faz a diferença, agora, dá um passo em direcção a um futuro que não tarda, e que dita o fim dos motores a combustão, já em 2035. Por isso, não é de admirar que, apesar de ainda ser proposto com mecânicas híbridas (mild e plug-in), a comunicação se concentre nas 100% eléctricas (serão três), denominadas de e-3008.

À venda a partir de Fevereiro de 2024, o 3008 começará por ser proposto com o eléctrico de 210cv, 2WD, com 525 km autonomia, e o MHEV de 136cv. No auge da Primavera, chegará o plug-in de 195cv, enquanto que para as outras ofertas sem emissões (230 cv de longa autonomia e 320 cv Dual Motor, de quatro rodas motrizes) há que aguardar por 2025.

Assente na nova plataforma STLA Medium da Stellantis, que estreia, tudo no automóvel mudou. Desde a forma como se apresenta, agora com uma silhueta fastback, que lhe imprime maior elegância ao mesmo tempo que beneficia o coeficiente de arrasto (Cx de 0,28) e, por consequência, a eficiência. No caso da gama eléctrica, por exemplo, a Peugeot garante que o 230 cv de longa autonomia é capaz de percorrer até 700 quilómetros com uma única carga.

A nova arquitectura traz ainda novos eixos dianteiro e traseiro, concebidos para privilegiar o comportamento dinâmico, maximizando a utilização de materiais leves e rígidos e baixando o centro de gravidade do veículo. As emoções ao volante podem ser controladas pelo condutor, que tem ao dispor quatro modos: Normal, a privilegiar o conforto; Eco, para controlar consumos de energia; Sport, que imprime dinamismo; e 4WD (quando se aplica), disponível até aos 135 km/h e que permite repartir a potência pelas quatro rodas em situações em que o piso apresente fraca aderência.

Para quem se movimenta sobretudo em cidade, a Peugeot chama a atenção para o seu raio de viragem, de apenas 10,6 metros, o que torna o 3008 particularmente fácil de navegar pelo tráfego urbano. Nas manobras, importa saber que o SUV chega equipado de série com uma câmara traseira (em opção, há o sistema VisioPark 360°).

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Tibo/The Good Click

No exterior, destaque para uma redesenhada frente, com uma grelha nova, de aspecto high-tech, que faz a ligação com a geração que substitui através da emblemática assinatura luminosa de três garras, e com faróis ultracompactos, em LED, excepto na versão GT que chegará equipada com tecnologia Pixel LED, que adapta automaticamente o feixe dos faróis às condições de circulação.

No habitáculo, dá cartas a tecnologia, com a adopção de um ecrã panorâmico flutuante de 21 polegadas. O novo Peugeot Panoramic i-Cockpit, curvo e de alta definição, combina a instrumentação digital, o head-up display e o ecrã táctil central, estendendo-se desde a extremidade esquerda do painel de bordo até à consola central. Nas versões Allure, o novo i-Cockpit é composto, de série, por dois ecrãs digitais de 10’’ justapostos, para criarem um efeito semelhante ao do Panoramic i-Cockpit.

A reforçar o ambiente moderno, há iluminação ambiente LED, personalizável em oito cores diferentes e que dá vida ao alumínio que se estende ao longo do painel de instrumentos e se prolonga pelas portas.

Para o condutor, há que sublinhar um novo volante, que permanece de dimensões compactas, mas surge com uma almofada central redesenhada, mais pequena e "isolada" dos raios do volante, dando um efeito de levitação que combina com o novo ecrã panorâmico e que, promete-se, tornará a condução mais dinâmica e confortável.

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