Universidades portuguesas reforçam posição nas 500 melhores do mundo. Há mais uma do que em 2022

Ranking de Xangai é dominado no topo por universidades dos Estados Unidos e duas do Reino Unido. Nas 1000 melhores estão seis portuguesas que se mantêm nesta lista há vários anos.

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Universidade de Coimbra passou a estar este ano entre as 500 melhores do mundo Matilde Fieschi
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Seis universidades portuguesas mantêm-se firmes na mais antiga lista global que classifica as 1000 melhores universidades do mundo, conhecida como o Ranking de Xangai, publicado nesta terça-feira. São as Universidades de Lisboa, do Porto, do Minho, de Aveiro, de Coimbra e a Universidade Nova de Lisboa.

Se se restringir a classificação às 500 melhores, estão as Universidades de Lisboa, do Porto, do Minho e de Aveiro que, já no ano passado aí estavam posicionadas. A novidade é que a estas quatro se juntou, neste ano, a Universidade de Coimbra que subiu de posição. Na edição de 2022, Coimbra estava entre os 501º e 600º lugares.

A presença nas 500 melhores tem aliás vindo a consolidar-se, desde 2021. Nesse ano estavam três: Lisboa, Porto e Minho (com pólos em Braga e Guimarães), mas não Aveiro (que passou a estar em 2022).

Este ano, a Universidade de Lisboa e a Universidade do Porto, na mesma posição, estão colocadas no intervalo entre as 201º e as 300º melhores instituições de ensino superior. Seguem-se Minho, Coimbra e Aveiro, as três no mesmo intervalo da 401ª à 500ª posição.

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Se se alargar o intervalo para as 1000 melhores, junta-se também a Universidade Nova de Lisboa, que já esteve entre as 500 melhores na edição de 2019, mas este ano está classificada no intervalo entre os 601º e os 700º lugares.

A lista publicada na China pela empresa independente Xangai Ranking Consultancy era tradicionalmente composta por 500 universidades, mas passou a incluir mais instituições alargando a classificação às 1000 melhores do mundo. Este ano, foram avaliadas 2500 universidades.

Para a classificação, são tidos em conta seis indicadores, entre eles o número de alunos de pós-graduação ou professores galardoados com o Prémio Nobel e Fields (o Nobel da Matemática), o número de investigadores mais citados em artigos académicos da sua especialidade e ainda o número de artigos publicados nas revistas Science e Nature.

Ao longo das 21 edições deste ranking​, criado em 2003, a Universidade de Harvard foi sempre a primeira no pódio. Seguem-se, este ano, a Universidade de Stanford e o Massachussetts Institute of Technology (MIT) em segundo e terceiro lugares respectivamente numa lista dominada nos primeiros 10 lugares por oito instituições norte-americanas.

A Universidade de Cambridge e a Universidade de Oxford, ambas no Reino Unido, ocupam a quarta e a sétima posição respectivamente. Há dois anos, Cambridge era a terceira melhor, tendo desde então sido ultrapassada pelo MIT.

De outras latitudes

Na Europa, também a Universidade de Paris-Saclay, em França, se destaca na 15ª posição, e a Universidade de Zurique está no 20º lugar. Universidades de outras latitudes surgem a partir da 22º posição. Este lugar é este ano ocupado pela Universidade de Tsinghua, na China, seguida um pouco atrás pela Universidade de Toronto (Canadá) e pela Universidade de Tóquio em 24ª e 27ª posições, respectivamente.

A China tem ainda a Universidade de Pequim nas 30 melhores do mundo (em 29º lugar) e é, no conjunto, o país que lidera a lista dos países com um maior número de universidades no ranking das 1000 melhores com 191 nessa lista (sem contar com Macau, Hong Kong ou Taiwan).

Os Estados Unidos têm 187 das 1000 melhores e o Reino Unido conta com 64 desse universo de universidades de topo. A Índia tem 15 e a Rússia tem nove. Já na Europa, a Alemanha e a Itália destacam-se com 45 e 42 entre as 1000 melhores, respectivamente. A Espanha tem 38 e a França conta com 27 entre as melhores. A Grécia está equiparada a Portugal, ao conseguir colocar seis universidades nesta lista publicada todos os anos.

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