Fogos no Havai fizeram 53 mortos e número “continua a subir”

Os quatro incêndios de grandes proporções que eclodiram na ilha de Maui na terça-feira ainda não estão contidos. Autoridades não sabem quantas pessoas estão desaparecidas.

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Lahaina, na zona ocidental de Maui, "foi dizimada" Reuters/MARCO GARCIA
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A série de fogos que eclodiu na terça-feira na segunda maior ilha do arquipélago do Havai, Maui, terá provocado "um número de mortes trágico e horrível", numa altura em que as autoridades ainda não conseguiram determinar quantas pessoas estão desaparecidas. Até ao momento foram encontrados 53 corpos na localidade de Lahaina, arrasada por um incêndio que destruiu vários sítios históricos e forçou a deslocação da quase totalidade dos seus 12 mil habitantes.

Na madrugada desta sexta-feira (hora portuguesa, tarde de quinta-feira no Havai), o chefe da polícia de Maui, John Pelletier, avisou que o número de mortos "está a subir" e disse que não será possível localizar muitos dos desaparecidos nas próximas horas ou dias.

"Não sabemos quantas pessoas estão desaparecidas. Não há electricidade. Não há Internet. Não há sinal de rádio."

Segundo o governador do Havai, Josh Green, os postes de alta tensão foram incinerados, e mais de dez mil pessoas estão sem acesso a electricidade em Maui. O mesmo responsável disse que o restabelecimento da situação nas zonas afectadas pode demorar semanas ou meses.

Os fogos sucessivos dos últimos dias em Maui começaram na noite de segunda-feira (hora local, manhã de terça-feira em Portugal) em Makawao, uma zona rural com sete mil habitantes na zona Norte da ilha.

Poucas horas depois, as chamas engoliram Lahaina, na ponta ocidental de Maui, impulsionadas por rajadas de vento de quase 100km/h; e nas horas seguintes seria evacuadas mais duas zonas: Kula, perto do local do primeiro fogo, e Pulehu, também na região norte.

Segundo o comandante dos bombeiros de Maui, Brad Ventura, nenhum dos quatro fogos estão contidos e ainda há "incêndios activos em todas as áreas".

"Com as actuais condições meteorológicas, ainda há potencial para um comportamento errático dos fogos."

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou o envio de ajuda federal para as áreas afectadas e mais de 130 membros da Guarda Nacional do Havai estão envolvidos no combate aos fogos.

Em Lahaina, uma localidade conhecida pelos seus pontos históricos e turísticos, o fogo arrasou por completo o hotel Pioneer Inn, inaugurado em 1901 e o mais antigo em todo o arquipélago do Havai.

Toda a zona envolvente, incluindo o porto de Lahaina — designado como património histórico dos Estados Unidos, e usado como ponto de reabastecimento e descanso por baleeiros no século XIX — foi destruída. Todos os hóspedes foram resgatados antes da chegada das chamas.

"Temos um longo caminho à nossa frente. Estamos a falar de anos, isto é só o início do nosso pesadelo", disse Lee Anne Wong, chef do restaurante do hotel Pioneer Inn, o Papa'aina, citada pelo Washington Post.

"Lahaina foi dizimada", disse a vice-governadora do Havai, Sylvia Luke.

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