Furto de carteiras foi o crime mais praticado durante JMJ

PSP temia impacto que podia ter na cidade de Lisboa o número de autocarros. Mas afinal “foi uma agradável surpresa, porque não tiveram qualquer impacto”, diz dirigente máximo da polícia.

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Nuno Ferreira Santos

A PSP registou 149 crimes associados à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sendo a maioria da autoria de carteiristas, uma situação que "já era expectável" devido à "grande massa de gente", indicou o director daquela força de segurança.

Na conferência de imprensa de balanço da operação de segurança da JMJ - que decorreu em Lisboa entre terça-feira e domingo com a presença do Papa Francisco e chegou a reunir mais de um milhão de pessoas -, o director nacional da PSP, Magina da Silva, informou que foram registados 149 crimes, 129 dos quais contra a propriedade, mais especificamente furto por carteiristas.

"Já sabíamos que isso ia acontecer. Esta grande massa de gente atrai os amigos do alheio, nomeadamente os carteiristas, era expectável", disse o mesmo responsável, dando conta que esteve em Lisboa uma equipa com nove elementos da Europol orientado exclusivamente para este tipo de furto que ajudou a identificar os carteiristas estrangeiros.

Durante a JMJ, a Polícia de Segurança Pública registou ainda quatro crimes contra a integridade física simples, quatro contra a vida em sociedade, oito relacionados com o consumo ou tráfico de droga e quatro contra a segurança nas comunicações.

"Não ocorreram quaisquer ofensas corporais graves a qualquer peregrino, não ocorreu a morte de qualquer peregrino resultante de acção criminosa", salientou Magina da Silva, admitindo que a polícia estava receosa sobre o impacto que podia ter na cidade de Lisboa o número de autocarros. Mas afinal "foi uma agradável surpresa, porque não tiveram qualquer impacto".

A PSP montou o maior dispositivo de sempre, a que Magina da Silva chamou "histórico", frisando que estiveram em Lisboa 437 viaturas policiais e, entre 1 e 6 de Agosto, foram mobilizados cerca de três mil polícias por cada um de quatro turnos diários, o que totaliza cerca de 12 mil efectivos.

Na conferência de imprensa, o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Luís Meira, deu conta de que foram assistidos um total de 4.600 peregrinos, 4.312 dos quais em Lisboa e 300 no resto do país, tendo a maioria das situações sido resolvida no local dos eventos. Segundo Luís Meira, apenas 3,5% das situações de emergência foram encaminhadas para os hospitais.

Em representação do Centro Nacional da Cibersegurança, Júlio César indicou que os incidentes registados durante a JMJ foram todos "possíveis de identificar e prontamente mitigados. Segundo Júlio César, estiveram relacionados com tentativas de acessos a servidores da organização e outras entidades.

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