Em Oeiras recordar o sofrimento é ilegal

O município não quis ter um cartaz – que fala de um tema macabro – a estragar a festa e a contrastar com os vários cartazes de boas-vindas ao Papa Francisco espalhados pelo concelho.

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As razões invocadas pela Câmara Municipal de Oeiras (CMO) para ter retirado o cartaz que recordava as vítimas de abusos sexuais praticados por padres da Igreja Católica não convencem ninguém. Por um lado, porque a argumentação jurídica não faz sentido. Não se percebe como pode um cartaz que contém uma mensagem desta natureza ser classificado como sendo publicitário. Ainda avançaram que a própria estrutura não estava licenciada, mas, importaria perguntar se, nesses casos em que estamos perante uma estrutura ilegal, é este o procedimento habitual do município. E a resposta é dada pelos factos: aquela estrutura está ali há anos e nunca foi retirada.

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