Cinco activistas da Greenpeace libertados sob caução depois de protesto em casa de Sunak

Membros da organização cobriram uma das fachadas da mansão com panos negros em protesto contra política de exploração de petróleo. Quebra de segurança está a ser investigada.

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Quatro activistas permaneceram no telhado da casa de campo do primeiro-britânico durante mais de cinco horas LUCA MARINO/GREENPEACE /HANDOUT/EPA
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A polícia libertou sob fiança cinco activistas da Greenpeace detidos depois de, na quinta-feira, terem realizado uma acção de protesto na casa do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, no North Yorkshire.

“Os cinco suspeitos detidos depois do protesto em Kirby Sigston, a 3 de Agosto, foram libertados sob caução condicional da polícia, para permitir a realização de inquéritos complementares”, adiantou, esta sexta-feira, a polícia do North Yorkshire, citada pela CNN.

Quatro dos activistas detidos usaram escadas e cordas para subir ao telhado da casa senhorial em Kirby Sigston, em pleno campo, 325 km a norte de Londres, enquanto o outro é suspeito de perturbação da ordem pública, acusação relacionada com o protesto.

A Greenpeace UK, que filmou o protesto e o divulgou no seu site oficial, queria chamar a atenção para o plano do Governo britânico de permitir a emissão de 100 novas licenças de exploração de petróleo e gás no Mar do Norte, ao largo da costa escocesa. Daí que tenha coberto uma das fachadas da mansão com enormes panos negros.

Mesmo estando Sunak, a mulher e os filhos de férias na Califórnia, o protesto da Greenpeace está ser considerado como uma grave quebra de segurança. Na opinião de Peter Walker, antigo chefe-adjunto da polícia do North Yorkshire, em declarações à rádio LBC, é preciso abrir “uma investigação para saber como foi possível” os activistas terem tido acesso sem problemas à casa do primeiro-ministro.

Não é só terem podido aceder sem problemas. Entre as 8h, quando subiram ao telhado, e as 13h15 de quinta-feira, quando foram detidos, os activistas permaneceram no local sem serem incomodados.

“A casa estava vazia. Não o teríamos feito se ele [Sunak] estivesse lá, porque a nossa intenção era chamar a atenção para o facto do que ele está a fazer ser um grande desastre para o clima e não para falar da sua família ou onde vive”, disse à Sky News Areeba Hamid, co-directora executiva para o Reino Unido da organização ambientalista.

Tratou-se de “uma resposta proporcional para uma decisão desastrosa”, sublinhou.

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