Assistente operacional suspeito de crimes sexuais contra estudantes de escola de Mirandela

Homem de 53 anos está suspenso preventivamente de funções na Escola Profissional de Arte de Mirandela

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Paulo Pimenta
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Suspensão de funções e apresentações bissemanais. Eis a medida de coacção aplicada ao homem detido por suspeita de crimes sexuais contra estudantes da ESPROARTE – Escola Profissional de Arte de Mirandela, a única escola de música da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O caso veio a público por acção da Polícia Judiciária. Na terça-feira de manhã, anunciou no seu site que, através do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, identificara e detivera “um homem pela presumível autoria dos crimes de abuso sexual de crianças e importunação sexual”.

Ao que então adiantou, o suspeito conta 53 anos de idade. E exercia as funções de assistente operacional. Desde 2021, teria feito nove vítimas com idades compreendidas entre os 13 e 17 anos de idade.

O caso ter-lhes há chegado às mãos pela direcção daquela escola privada, que tem como entidade proprietária a ArteMir – Associação de Ensino Profissional Artístico, mas é tutelada pelo Ministério da Educação.

“Ao ser alertada por um grupo de alunos sobre estes acontecimentos, no âmbito das suas competências, determinou de imediato a abertura de um processo interno de averiguações, no seguimento do qual resultou a suspensão preventiva de funções e afastamento do referido trabalhador”, lê-se no comunicado emitido pela Escola Profissional de Arte de Mirandela. E “procedeu à comunicação da matéria apurada às autoridades competentes”.

Posto isso, remete-a ao silêncio. “Não prestará mais declarações sobre este assunto”. Ficará a aguardar “o desenrolar da acção pelas entidades competentes”.

O comunicado da Polícia Judiciária refere dois tipos de crimes sexuais: o abuso sexual e a importunação sexual. Diz o Jornal de Notícias que o homem é suspeito de ter apalpado estudantes e de ter colocado câmaras no vestiário das raparigas.

Ainda na terça-feira, o homem foi interrogado pelas autoridades. Esta quarta-feira foi presente a um juiz para que lhe fosse aplicada a medida de coacção. A expectativa era que se mantivesse afastado da escola com cursos de níveis 2 e 4 do quadro nacional de qualificações, isto é, com equivalência ao 9º e 12º ano de escolaridade. De acordo com a PJ, o tribunal optou por suspensão de funções e apresentações bissemanais.

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