Nahel, o rapaz de cobre

O lugar exclusivo e distintivo que o ouro ocupa indica uma cultura — se não mesmo uma civilização — competitiva, excludente e cromaticamente estratificada.

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O processo de formação do ouro envolve uma interacção complexa entre estrelas, supernovas, explosões e outros eventos cósmicos. Em certa medida, é pó das estrelas caído sobre o planeta, trazido à crosta terrestre por eventos geológicos. Ao contrário de outros metais, o ouro absorve parte da luz do espectro azul, parecendo irradiar um amarelo reluzente. Desde o Neolítico que lhe temos vindo a atribuir sentidos e utilizações, de jóias a amuletos funerários e moedas, passando por qualidades místicas ou metafísicas, envolvendo divindades, solares e outras. É um metal dúctil, que se liquefaz a uma temperatura relativamente baixa e, quando em estado sólido, não reage a nenhum elemento, como acontece com a prata e o cobre, que oxidam em contacto com o ar. O ouro é durável, atravessa os séculos intacto e, muito importante: é um metal raro, o que o torna muito cobiçado.

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