Desalojados voltam a Cabo Delgado enquanto a violência persiste
“A estabilidade voltou”, diz Cristóvão Chume, ministro da Defesa de Moçambique. Mas os ataques do grupo radical islâmico Al-Shabab não pararam. Cabo Delgado ainda não fez o luto.
Este homem é Saide Rachide. Esta aldeia — cortada a meio pela estrada entre Palma e Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, Moçambique — chama-se Mute. Naquele dia, a 8 de Dezembro de 2020, um grupo de atacantes invadiu-a, disparou sobre a população e os militares. Saide fugiu com a mulher e os quatro filhos. Eram 16h. O muçulmano, de 30 anos, atravessou o mato até Mueda, primeiro, e Montepuez, a seguir. Mute ficou deserta.
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