Desalojados voltam a Cabo Delgado enquanto a violência persiste

“A estabilidade voltou”, diz Cristóvão Chume, ministro da Defesa de Moçambique. Mas os ataques do grupo radical islâmico Al-Shabab não pararam. Cabo Delgado ainda não fez o luto.

Militares vigiam avenida principal de Mocímboa da Praia, Cabo Delgado, norte de Moçambique, 26 de junho de 2023. Há residentes de etnia maconde que já rumaram a Mueda, no planalto de Cabo Delgado, “para plantar milho”, mas o que os muânis como Assumane sabem fazer é plantar arroz nos campos de Auasse, ali perto de Mocímboa de Praia. (acompanha texto de 26 de junho de 2023). LUÍS FONSECA/LUSA
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Militares vigiam avenida principal de Mocímboa da Praia, Cabo Delgado, norte de Moçambique, no final de Junho Luís Fonseca/Lusa
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A guerra provocou um milhão de refugiados. Grande parte dos deslocados fugiu para Pemba, capital da província de Cabo Delgado. LUSA/RICARDO FRANCO
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Este homem é Saide Rachide. Esta aldeia — cortada a meio pela estrada entre Palma e Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, Moçambique — chama-se Mute. Naquele dia, a 8 de Dezembro de 2020, um grupo de atacantes invadiu-a, disparou sobre a população e os militares. Saide fugiu com a mulher e os quatro filhos. Eram 16h. O muçulmano, de 30 anos, atravessou o mato até Mueda, primeiro, e Montepuez, a seguir. Mute ficou deserta.

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