A primeira super-Lua do ano vai estar visível esta noite

Na noite desta segunda-feira, a Lua estará a 361.934 quilómetros da Terra. Ao longo do ano, deverão observar-se mais três super-Luas.

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Super-Lua de 14 de Novembro de 2016 fotografada de Paço de Arcos: uma super-Lua ocorre quando a Lua Cheia coincide com o ponto de maior aproximação do satélite natural da Terra Nuno Ferreira Santos
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A primeira super-Lua de 2023 vai estar visível na noite desta segunda-feira. Este fenómeno vai acontecer quatro vezes ao longo do ano, de acordo com os astrónomos, incluindo a super-Lua desta segunda-feira.

Uma super-Lua é uma “coincidência cósmica”, segundo explica ao PÚBLICO Ricardo Reis, do grupo de comunicação de ciência do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

“A órbita da Lua não é circular, é ligeiramente achatada, ou seja, ligeiramente elíptica. Isto significa que a Lua, de vez em quando, está um bocadinho mais próxima” da Terra, fenómeno ao qual se dá o nome de perigeu, destaca Ricardo Reis. Além disso, sabe-se que “a Lua demora mais ou menos um mês a dar a volta à Terra, o que significa que, mais ou menos de mês a mês, temos uma Lua cheia”. A super-Lua acontece, por sua vez, “quando há uma Lua cheia que coincide com este ponto de maior aproximação, o perigeu”, acrescenta. Por outro lado, o ponto de maior afastamento do satélite da Terra chama-se apogeu.

Na noite desta segunda-feira, a Lua estará, portanto, a 361.934 quilómetros de distância da Terra. Ao longo do ano, deverão observar-se mais três super-Luas, nos dias 1 e 31 de Agosto e 29 de Setembro — segundo as estimativas dos astrónomos, a que estará mais perto da Terra será a de dia 31 de Agosto, a 357.344 quilómetros.

Ricardo Reis destaca que a distância média entre a Terra e a Lua ronda os 384 mil quilómetros, pelo que, na noite desta segunda-feira, a Lua vai estar “um bocadinho mais próxima” e vai apresentar-se “ligeiramente maior no nosso céu”.

A dimensão que a Lua vai apresentar no céu esta noite será especialmente “notória”, se compararmos com uma Lua cheia no apogeu (o ponto de maior distância da Terra), que pode chegar aos 400 mil quilómetros.

De qualquer forma, Ricardo Reis aconselha a olhar para o céu esta noite: “A vantagem é que não é preciso equipamento especial, basta olhar para a Lua. A Lua cheia nasce com o pôr do Sol e põe-se com o nascer do Sol, portanto, assim que o Sol está a desaparecer, basta olhar para o lado oposto e ver onde é que está a Lua.”

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