Quatro detidos em Madrid por actos racistas contra Vinícius Júnior

Detidos são suspeitos de pendurarem um boneco com a camisola do futebolista numa ponte.

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Jogador denuncia ao árbitro actos e cânticos racistas na bancada do Valência Reuters/PABLO MORANO

A Polícia Nacional de Espanha deteve esta terça-feira quatro suspeitos de pendurarem um boneco com a camisola do futebolista brasileiro Vinícius Júnior numa ponte perto das instalações do Real Madrid, na capital espanhola, no passado mês de Janeiro.

De acordo com a Polícia Nacional, os quatro suspeitos, cuja identidade não foi revelada, foram detidos na capital espanhola e são acusados de "crime de ódio".

O boneco com a cara e a camisola do atleta brasileiro do Real Madrid foi colocado na ponte antes de um jogo com o Atlético de Madrid.

Na segunda-feira, o avançado brasileiro do Real Madrid pediu punições para os adeptos e clubes por actos racistas e referiu que já aconteceram casos em várias cidades espanholas, tendo divulgado um vídeo com os insultos de que tem sido alvo.

"A cada jornada fora de 'casa' uma surpresa desagradável. E foram muitas nessa temporada. Desejos de morte, boneco enforcado, muitos gritos criminosos. Tudo registado. Mas o discurso sempre cai em 'casos isolados, um adepto'. Não. Não são casos isolados. São episódios contínuos espalhados por várias cidades da Espanha", referiu o jogador numa mensagem divulgada através das redes sociais.

Nos últimos meses, Vinícius, de 22 anos, tem sido alvo de vários insultos racistas e outras ofensas tendo a situação denunciada pelo futebolista originado reacções de apoio ao desportista, desde a FIFA aos governos do Brasil e de Espanha.

As autoridades judiciais espanholas anunciaram no início da semana a abertura de uma investigação sobre os insultos racistas.

O Real Madrid também já informou ter apresentado uma queixa na Procuradoria-Geral de Espanha "por delitos de ódio e discriminação" de que o jogador brasileiro tem sido alvo.

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