Situação de “pleno emprego” atrai imigrantes, mas dinheiro não chega para a habitação

Ao abrigo da Lei dos Estrangeiros, Portugal é dos poucos países onde ainda é possível passar autorização a estrangeiros com contrato de trabalho. Uns ficam, outros estão de passagem para a Europa.

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Por mês entram no SEF cerca de 20 mil pedidos de autorização de residência Rui Gaundêncio
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O problema da sobrelotação de casas em Portugal está longe de estar relacionado apenas com a imigração. Pelo contrário, há muitos mais casos de habitações onde vivem pessoas em número excessivo que têm como moradores portugueses do que imigrantes. Porém, nos últimos anos, em grandes cidades como Porto e Lisboa, ganharam mais visibilidade alguns casos de fracções de prédios ou de espaços improvisados arrendados a quem vem de fora. Seja à procura de uma oportunidade de trabalho no país, seja à espera de uma autorização de residência que sirva de entrada para outros países europeus onde as remunerações são mais atractivas. Este pode ser considerado um fenómeno novo e sem precedentes, num país que sempre esteve mais habituado a ver sair a sua população de que a ver entrar novos habitantes.

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