Caso Galamba: PS só permite audição do director do SIS e da secretária-geral das secretas

Partidos da oposição queriam chamar ao Parlamento também os ministros João Galamba e Catarina Sarmento e Castro, e o ex-assessor Frederico Pinheiro, mas a proposta foi chumbada.

Foto
João Galamba pediu a demissão de ministro das Infra-estruturas mas António Costa recusou LUSA/MIGUEL A. LOPES

O director do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e a secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) vão ser ouvidos no Parlamento sobre a polémica recuperação do computador do ex-assessor do ministro das Infra-estruturas.

Estes dois responsáveis foram os únicos que o PS admitiu que sejam ouvidos da lista proposta pelos partidos da oposição. E que incluía também o ministro João Galamba, a ministra da Justiça, o ex-assessor do ministro das Infra-estruturas Frederico Pinheiro, e uma ronda especial, já na audição desta quarta-feira, ao conselho de fiscalização das secretas (ronda que o PSD queria que fosse aberta ao público). As audições de Adélio Neiva da Cruz (SIS) e de Maria da Graça Mira Gomes (SIRP) foram aprovadas por unanimidade.

O PS admitiu, porém, que o conselho de fiscalização das secretas possa vir a ser ouvido mais tarde, mas argumentou que não se podia exigir explicações sobre o caso Galamba já esta quarta-feira por ser em cima da hora. E o PSD defendeu que as audições dos dois ministros (Infra-estruturas e Justiça) deviam ser feitas na comissão parlamentar de inquérito à TAP.

Entretanto, essa audição do conselho de fiscalização, que se atrasou uma hora, acabou por ser adiada, pelo que na nova data, a equipa de três fiscais nomeados pelo Parlamento (Constança Urbano de Sousa, Mário Belo Morgado e Joaquim Vasconcelos da Ponte), já poderá abordar o assunto.

Os partidos da oposição defenderam a necessidade de se esclarecer a participação do SIS no processo de recuperação do computador do ex-assessor de João Galamba, nomeadamente quem terá dado e recebido as ordens operacionais e se houve alguma interferência do gabinete de António Costa, de quem os serviços dependem directamente.

Sugerir correcção
Ler 5 comentários