25 de Abril
Quando Lula chegou à Assembleia da República, de um lado era "ladrão", do outro "guerreiro"
O Presidente brasileiro foi recebido por duas manifestações opostas. De um lado, cartazes onde se lia "Tolerância zero à corrupção", do outro chamavam-lhe "guerreiro do povo brasileiro".
Lula da Silva foi recebido, à entrada da Assembleia da República, por duas manifestações - uma de apoio e outra, organizada pelo Chega, que exigia que fosse embora. De um lado, cravos e cânticos como "em Portugal e no Brasil sempre em defesa dos valores de Abril”, do outro, cartazes com imagens de Lula da Silva e José Sócrates e, em letras garrafais, “Tolerância zero à corrupção”.
Os manifestantes que se referiam a Lula como “ladrão” começaram a encher a Avenida D. Carlos I às 8h30. Eram apoiantes do Chega, de Bolsonaro, manifestantes ucranianos, monárquicos e apoiantes do MPT. Agradeceram a todos os polícias que estavam a trabalhar para "manter a ordem" e, de mão no peito, ecoaram o hino.
Na rua de São Bento, o ambiente era de calma e ordeiro, pintado com o vermelho dos cravos e dos cartazes onde se lia “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!”. De megafone em punho, quem liderava a manifestação, garantia que Lula "representa o povo brasileiro".