Tcheka, magnífico fora do formato no Kriol Jazz

Duas noites marcadas pelo regresso de Tcheka com um projecto feito de liberdade furiosa, a electricidade dos Bamba Wassoulou Groove, o jazz de Dee Dee Bridgewater e a simplicidade de Lucibela.

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Tcheka durante a sua actuação na 12.ªedição do Kriol Jazz Ricardo Campos/Alex Tomé

Há uma liberdade furiosa na música de Tcheka. Na sua voz crua e rouca, e na sua guitarra indomada, vivem os ritmos de Cabo Verde, mas reclamados de uma forma que só terá, talvez, paralelo na forma como Orlando Pantera recriava a os sons da terra. Tcheka, como Pantera, é um músico que carrega a tradição no corpo, o batuko em particular, mas que a tradição não consegue conter. A música que lhe escutamos na Cidade da Praia, vislumbre de um novo caminho que está a trilhar, acompanhado por um trio educado pelo jazz (com o suficiente jogo de cintura para não se perder nas esquinas inesperadas que as canções do cabo-verdiano revelam a cada segundo), é o espelho de um homem que jorra uma tal criatividade que só pode ser fazedor do seu próprio destino (artístico e pessoal).

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