Mediocridade, fala-baratismo, absoluta ausência de sentido de Estado
Este diálogo é um sintoma do modo como nos partidos se está a dar a ascensão, que já chega a cargos de governação, de gente que não tem sequer competência para gerir a arrumação de uma esplanada.
A maioria das coisas que as audiências parlamentares sobre a TAP têm revelado ou já eram conhecidas ou, apesar de muito rasgar de vestes, eram comuns nos governos e nas maiorias parlamentares quer do PS, quer do PSD. Elas são hoje “marca” do PS, apenas porque a longa permanência do PS no Governo tem um efeito amnésico sobre o que se passava nos governos do PSD e do CDS, onde, em particular, práticas de completa promiscuidade entre partido, Governo e Parlamento eram consideradas “normais”. É verdade que essa noção de “normalidade” também mudou, quer em termos reais, quer pela actual radicalização do discurso político, que exagera comportamentos habituais para atacar um adversário, esquecendo-se de que o mesmo era comum entre os “nossos”.
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