Falha do NRP Mondego deveu-se a “baixos níveis de combustível”

O porta-voz da Armada, Comandante José Sousa Luís, rejeita a existência de qualquer avaria nos “geradores e motores das máquinas principais” do Mondego.

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NRP Mondego não tem avarias nos motores ou geradores, garante a Marinha LUSA/JOÃO HOMEM GOUVEIA

O navio NRP Mondego ficou parado no mar na passada terça-feira devido a “baixos níveis de combustível”, informou a Marinha, que negou ainda qualquer avaria nos motores ou geradores eléctricos do navio.

Na madrugada da passada terça-feira, o navio NRP Mondego, palco da insubordinação de 13 marujos em meados de Março, ficou totalmente às escuras quando se dirigia do Funchal para as Ilhas Selvagens, onde ia render agentes da Polícia Marítima e elementos do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza.

Passada praticamente uma semana desde o incidente, a Marinha informou esta segunda-feira que a falha no Mondego — que descreve como “paragem súbita de quatro motores diesel, dois geradores eléctricos e dois propulsores” — se deveu a “baixos níveis de combustível no tanque de serviço que alimenta os respectivos motores e geradores”.

“Após a reposição de combustível no tanque de serviço os dois geradores e os dois propulsores arrancaram sem problemas”, acrescenta a nota.

Ao PÚBLICO, o porta-voz da Armada, Comandante José Sousa Luís, rejeita a existência de qualquer avaria nos “geradores e motores das máquinas principais” do Mondego, reiterando que o problema verificado se deveu ao baixo combustível nos tanques de serviço.

No mesmo comunicado, a Marinha informa ainda que o NRP Mondego voltou esta segunda-feira a navegar, estando em curso “averiguações” para entender “o que falhou na resposta ao mecanismo de alerta de nível baixo de combustível no tanque de serviço e reposição deste por trasfega de um dos nove tanques de reserva existentes a bordo”.

“​​O navio esteve sempre seguro, tendo sido chamados dois rebocadores que o rebocaram, sem incidentes, para o Porto do Caniçal”, acrescenta.

Por fim, justifica que o tempo que o NRP Mondego demorou a voltar ao serviço — quase uma semana — se deveu “à necessidade de recolher evidências sobre as causas do incidente e registar o estado da plataforma”, o que incluiu “testar a qualidade de combustível de todos os tanques”.

“Neste período o Mondego foi apoiado pelo NRP Setúbal, atracado no mesmo cais”, conclui a nota.

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