Oscar Pistorius vai continuar preso. Liberdade condicional foi recusada

Segundo o Departamento de Serviços Prisionais, o atleta não cumpriu o período mínimo de detenção para poder sair em liberdade condicional. Oscar Pistorius foi condenado pela morte da namorada em 2013.

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Pistorius matou a namorada com quatro tiros Reuters/SIPHIWE SIBEKO1

O ex-campeão paralímpico da África do Sul Oscar Pistorius, detido em 2016 pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp, ​​não poderá sair já em liberdade condicional, disseram as autoridades sul-africanas e um advogado da família da vítima esta sexta-feira.

O atleta, uma estrela do movimento paralímpico, matou Steenkamp, ​​modelo e estudante de Direito, no Dia dos Namorados em 2013.

Conhecido por "Blade Runner", devido às próteses de carbono, passou de herói a assassino condenado num julgamento noticiado um pouco por todo o mundo.

Pistorius foi condenado em 2016, inicialmente por seis anos, mas a pena de prisão aumentou para 13 anos, depois do recurso do Ministério Público.

Num comunicado, o Departamento de Serviços Prisionais disse esta sexta-feira que Pistorius, de 36 anos, não cumpriu ainda o período mínimo de detenção exigido para ser elegível de sair em liberdade condicional.

"Em Agosto de 2024, quando o atleta cumprir o período mínimo de detenção, o conselho (da liberdade condicional) tomará uma decisão", disse o porta-voz da prisão Singabakho Nxumalo, em conferência de imprensa.

"Terá de comparecer novamente no próximo ano. Vamos analisar o seu perfil e tomar uma decisão sobre o caso. Mas, por enquanto, ele ainda não cumpriu o período mínimo de detenção".

A família de Steenkamp opôs-se a esta possibilidade, disse a advogada Tania Koen à Reuters. "Acabei de receber uma chamada do conselho de liberdade condicional. É uma grande sensação de alívio para June", continuou, referindo-se à mãe de Reeva.

June Steenkamp tinha dito anteriormente que estava nervosa à chegada à prisão de Atteridgeville, junto à capital Pretória.

"Embora estejamos agradecidos pela decisão de hoje, não é motivo para celebrar", disse Koen em nome dos pais de Reeva. "Sentimos muito a falta de Reeva e vamos sentir isso para o resto das nossas vidas. Acreditamos na justiça e esperamos que ela continue a prevalecer".

O advogado de Pistorius, Julian Knight, disse anteriormente à Reuters que o atleta deveria comparecer perante o conselho de liberdade condicional para responder a perguntas sobre a proposta de Knight a propósito da libertação do seu cliente.

Knight tinha dito que não esperava qualquer decisão esta sexta-feira e não mostrou estar disponível para comentar o facto de a liberdade condicional ter sido negada a Pistorius.

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