César Boaventura acusado de aliciar jogadores para perderem com o Benfica

Acusação não abrange o clube, com magistradas a considerarem não existirem indícios de que o empresário tenha sido “incumbido de qualquer tarefa” pela direcção das “águias”.

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César Boaventura Facebook

O Ministério Público (MP) acusou o empresário César Boaventura de três crimes de corrupção activa e um crime de corrupção activa na forma tentada. O principal arguido na Operação Malapata terá aliciado os jogadores do Rio Ave Marcelo, Cássio e Lionn, bem como o maritimista Salin, em jogos contra o Benfica na temporada 2015-2016, época em que as “águias” conquistaram o tricampeonato.

As magistradas dizem, contudo, que não se indicia que o arguido “tenha sido incumbido de qualquer tarefa” por parte de alguém na liderança do Benfica, arquivando o processo neste ponto.

De acordo com o despacho, a que o PÚBLICO teve acesso, as magistradas consideram que “foram recolhidos indícios” destes aliciamentos, com César Boaventura a ter, alegadamente, prometido “contrapartidas patrimoniais ilegítimas” para praticarem actos contrários aos interesses das equipas que estes defendiam em benefício do Benfica.

O MP diz que estas abordagens ocorreram dias antes da realização do jogo entre Rio Ave e Benfica, do dia 24 de Abril, bem como do encontro entre Marítimo e Benfica de 8 de Maio de 2016.

O defesa brasileiro Lionn declarou no Tribunal de Esposende​ ter sido alvo de uma tentativa de aliciamento por parte do agente desportivo César Boaventura, para viciar o jogo entre Benfica e Rio Ave, da época 2015-16.

No depoimento prestado pelo ex-lateral do Rio Ave, no âmbito de um processo interposto pelo guarda-redes brasileiro Cássio contra César Boaventura, Lionn terá confirmado abordagens por parte do empresário.

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