Moreira da Silva torna-se subsecretário-geral das Nações Unidas

António Guterres nomeou o antigo ministro do PSD responsável da ONU para as infra-estruturas e projectos. Por inerência deste cargo, Moreira da Silva passa a ser secretário-geral adjunto da ONU.

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Moreira da Silva diz-se “totalmente focado” na "construção e gestão das infra-estruturas essenciais ao desenvolvimento sustentável" Rui Gaudencio

O social-democrata Jorge Moreira da Silva, antigo ministro do Ambiente, foi esta quinta-feira nomeado director executivo do UNOPS (Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projectos) e, por inerência deste cargo, o antigo ministro do Ambiente de Passos Coelho torna-se subsecretário-geral das Nações Unidas (o cargo de subsecretário-geral de um escritório da ONU é o terceiro mais alto cargo na hierarquia das Nações Unidas).

Moreira da Silva foi nomeado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “na sequência de um concurso público internacional” que foi “competitivo” e ao qual concorreu “individualmente”, diz o social-democrata.

“Com alegria e responsabilidade”, afirma que nos próximos anos estará “totalmente focado” na “missão de liderar, no terreno, a construção e a gestão das infra-estruturas essenciais ao desenvolvimento sustentável, à segurança e paz, e ao combate às desigualdades e às alterações climáticas”.

O anúncio foi esta quinta-feira feito pelo gabinete de António Guterres. Além de ministro do Ambiente do primeiro Governo de Pedro Passos Coelho, Moreira da Silva, que sucederá a Jens Wandel como director do UNOPS, foi director da Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE entre 2016 e 2022, cargo do qual se demitiu para se candidatar à presidência do PSD. Em Maio passado, perdeu as eleições internas do PSD para Luís Montenegro, obtendo 28% dos votos.

Foi também duas vezes secretário de Estado — entre 2004 e 2005 e entre 2003 e 2004 —, deputado à Assembleia da República e deputado ao Parlamento Europeu.

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