O Governo condena primeiro e julga depois

Acusar ou exigir esforços suplementares aos privados justifica-se quando e se houver estudo, reflexão, discussão e provas de culpa. Atirar ao alvo sem certeza, não é prática digna de uma democracia

O padrão não é novo, mas, nas últimas semanas, atingiu novos patamares: sempre que o Governo está aflito, trata de desviar as atenções dos seus problemas, colando-os à pele de terceiros. Foi assim com a habitação, que isentou o Estado de qualquer esforço para alocar o seu património no aumento da oferta e exigiu sacrifícios aos privados; foi assim com a carestia e os preços dos supermercados, que inspirou o Governo a executar uma estratégia de alicate, com o primeiro-ministro e o ministro da Economia a assacarem responsabilidades às empresas pelos aumentos do custo de vida.

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