Telescópio James Webb capta imagem de estrela à beira da morte

O telescópio espacial Hubble tirou uma foto da mesma estrela em transição há algumas décadas, embora parecesse mais uma bola de fogo, sem tantos detalhes. Agora o telescópio James Webb voltou a vê-la.

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Esta estrela na constelação de Sagitário, oficialmente conhecida como WR 124, tem 30 vezes a massa do nosso Sol NASA, ESA, CSA, STScI, Webb ERO

O telescópio espacial James Webb captou em imagem a fase rara e fugaz de uma estrela à beira da morte, divulgou a agência espacial norte-americana NASA.

A NASA divulgou a imagem esta terça-feira, na conferência South by Southwest em Austin, no estado norte-americano do Texas. A observação foi uma das primeiras feitas pelo telescópio James Webb após o seu lançamento no final de 2021.

Os seus olhos infravermelhos observaram todo o gás e poeiras lançados para o espaço por uma enorme estrela quente a 15.000 anos-luz de distância de nós. Um ano-luz equivale a 9,46 biliões de quilómetros.

Com um brilho em roxo, o material expelido pela estrela já compôs em tempos a sua camada externa.

O telescópio espacial Hubble já tinha tirado uma fotografia da mesma estrela em transição há algumas décadas, embora parecesse mais uma bola de fogo, sem tantos detalhes.

A transformação ocorre apenas com algumas estrelas e normalmente é o último passo antes de explodirem, transformando-se em supernovas, segundo os cientistas.

"Nunca a vimos desta forma antes. É realmente emocionante", salientou Macarena Garcia Marin, cientista da Agência Espacial Europeia (ESA) que faz parte do projecto.

Esta estrela na constelação de Sagitário, oficialmente conhecida como WR 124, tem 30 vezes a massa do nosso Sol e já expeliu material suficiente equivalente a dez sóis, segundo a NASA.

O James Webb, o maior e mais poderoso telescópio já lançado no espaço, é um projecto de 10.000 milhões de dólares e tem o nome de um antigo administrador da NASA, tendo sido enviado para o espaço em 25 de Dezembro, após sucessivos atrasos, num foguetão de fabrico europeu. Está em órbita a 1,5 milhões de quilómetros da Terra.

Os astrónomos esperam com o James Webb obter mais dados sobre os primórdios do Universo, incluindo o nascimento das primeiras galáxias e estrelas, mas também sobre a formação de planetas.

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