Jimmy Carter vai receber cuidados paliativos em casa

O antigo Presidente norte-americano Jimmy Carter não vai receber mais intervenções médicas — vai “passar o tempo que lhe resta em casa com a família”.

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Jimmy Carter em 2015 Reuters/John Amis

O antigo Presidente norte-americano Jimmy Carter decidiu receber cuidados paliativos e “passar o tempo que lhe resta em casa com a família” em vez de receber mais intervenções médicas, informou o Carter Center, em comunicado, este sábado.

“Conta com o apoio total da sua família e equipa médica. A família Carter pede privacidade durante este momento e está grata pela preocupação mostrada pelos seus muitos admiradores”, continuou o mesmo comunicado.

Nos últimos anos, o democrata sofreu vários problemas médicos, incluindo um melanoma que se espalhou para o fígado e cérebro, embora tenha respondido bem ao tratamento que recebeu.

Carter, 98 anos, já viveu mais tempo depois de ter deixado a Casa Branca do que qualquer outro antigo Presidente norte-americano da História, presidiu o país de Janeiro de 1977 a Janeiro de 1981.

Os quatro anos que passou ao leme dos EUA foram marcados por crises económicas internas e pela crise dos reféns iranianos, que terminou logo após a sua saída da Casa Branca. Por outro lado, Carter desempenhou um papel central na mediação dos acordos de Camp David que levaram ao tratado de paz israelo-Egípcio.

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O antigo Presidente norte-americano Jimmy Carter, o homólogo egípcio Anwar Sadat e o primeiro-ministro israelita Menachem Begin durante a assiantura dos acordos de Camp David

O fim do seu mandato foi ditado pelo fracasso eleitoral de 1980, numa altura em que os eleitores se viraram para o seu rival republicano, Ronald Reagan.

Contudo, Carter conseguiu reabilitar o seu legado com o trabalho ao longo das décadas seguintes em causas humanitárias. Era visto com frequência com um martelo nas mãos, a construir casas acessíveis como voluntário do Habitat for Humanity.

Ganhou o prémio Nobel da Paz em 2002 como um reconhecimento pelo seu “esforço incansável na procura de soluções pacíficas para conflitos internacionais, para avançar a democracia e os direitos humanos e para promover o desenvolvimento económico e social.

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